Facção tortura e mata padrasto acusado de estuprar enteada de dois anos. A criança morreu.
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Jéssica e Ágatha. Foto: arquivo pessoal |
Um homem identificado como Edson Néri Barbosa, de 27 anos, foi encontrado morto e com sinais de tortura, durante a noite dessa segunda-feira (21), no bairro Vila Canária, em Salvador. Ele é suspeito de ter estuprado a enteada de dois anos, Ágatha Cristina.
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Foto: arquivo pessoal |
Segundo o Correio 24 Horas, um vídeo mostra o momento em que a facção Bonde do Maluco (BDM) tortura e mata Edson. Os homens que o agridem e o executam afirmam que a punição é por ser estuprador. Familiares confirmaram que o homem exposto nas imagens é Edson.
A garota foi estuprada no sábado (19), quando a mãe Jéssica de Jesus, de 21 anos, saiu para trabalhar como diarista e não retornou para casa, dormindo na casa de uma amiga, no bairro de Tancredo Neves.
Ela contou à polícia que recebeu um telefonema de Edson, dizendo que a menina estava passando mal. Ao retornar, recebeu a criança do padrasto, enrolada em panos e seguiu imediatamente para o hospital. No entanto, ela afirma que a menina morreu nos braços dela, antes de chegar à unidade de saúde. Todas as tentativas de reanimação feitas pela equipe médica não surtiram efeito e ela foi informada que a filha havia sofrido estupro.
Ela tentou conversar com o companheiro, por telefone, mas ele disse que não poderia aparecer porque seria preso. Eles realizaram vários contatos pelo WhatsApp. Jéssica tentou esconder a morte da menina, para atrair Edson a um encontro, conforme recomendação da polícia. Em uma das mensagens ele pede perdão a Jéssica, diz que a ama muito e ama a criança.
Uma tia de Jéssica disse ao Correio 24 Horas que ela era uma mãe ausente. No dia da morte, ela teria mentido. Em vez de trabalhar, ela estava na praia e depois foi a uma festa com amigas. Afirma que todos desconfiavam dos abusos sexuais, mas a mãe deixava a menina com Edson. A tia informa que já houve uma tentativa de linchamento contra o homem, pelo mesmo motivo,mas ele conseguiu escapar.
Uma tia de Jéssica disse ao Correio 24 Horas que ela era uma mãe ausente. No dia da morte, ela teria mentido. Em vez de trabalhar, ela estava na praia e depois foi a uma festa com amigas. Afirma que todos desconfiavam dos abusos sexuais, mas a mãe deixava a menina com Edson. A tia informa que já houve uma tentativa de linchamento contra o homem, pelo mesmo motivo,mas ele conseguiu escapar.
A mulher disse que pessoas ligaram para sua família ameaçando linchá-la, porque a acusavam de conivência com o crime.
O corpo de Ágatha foi enterrado nesta manhã, no Cemitério Municipal de Pirajá, na capital baiana.
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